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10 de setembro de 2012

Excesso de burocracia eleva custos e atrasa investimentos, diz CNI


Entidade fez pesquisa em abril com 2.388 industriais de todo o país. Para 52% dos entrevistados, impacto da burocracia na empresa é 'alto'.

O excesso de burocracia prejudica a competitividade de 92% das indústrias brasileiras, eleva os custos e atrasa investimentos, segundo pesquisa da Confederação Nacional da Indústria (CNI) divulgada nesta segunda-feira (10). O levantamento foi realizado entre 2 e 17 de abril com 2.388 industriais em todo país. 

Para mais da metade dos empresários (52%), o impacto da burocracia na empresa é "alto". A análise dos dados foi feita em dois blocos: um que reúne as avaliações da indústria da construção e outro da indústria de transformação e extrativa. No geral, os empresários dos três setores relatam que enfrentam uma série de problemas no cumprimento das obrigações legais.

O "número excessivo" dessas obrigações está entre as dificuldades, com 85% das respostas. Em segundo lugar, vem a complexidade das obrigações legais, com 56% das assinalações, e, em terceiro, com 41% das respostas, os entrevistados citaram a alta frequência das mudanças.

Entre os principais impactos da burocracia nas empresas citados pelos entrevistados estão a elevação dos custos de gerenciamento dos trabalhadores, com 58% das menções, o aumento do uso de recursos em atividades não ligadas diretamente à produção (57% das respostas) e o atraso na realização dos investimentos (40% das assinalações).

Na avaliação de 47% dos empresários da construção, a burocracia atrasa a finalização do produto/obra ou serviço. Esse percentual cai para 23% na indústria de transformação e para 25% na indústria extrativa, informou a CNI. Para 35% dos construtores, o excesso de procedimentos aumenta o custo de celebração de contratos, acrescentou. Esse número cai para 21% no caso dos donos de empresas do ramo extrativo e para 17% para os empresários da indústria de transformação.

As sugestões dos empresários para o corte da burocracia também são diferentes. Na construção, 25% acreditam que o governo deve priorizar a redução da burocracia nas licitações públicas. O percentual cai para 12% nas indústrias de transformação, e para 6% na indústria extrativa. Por outro lado, 19% dos empresários do ramo de transformação e 17% dos que atuam na indústria extrativa reclamam dos procedimentos aduaneiros. O percentual é de apenas 4% entre os empresários da construção. 

Fonte: G1

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