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26 de abril de 2013

Contabilista terá que ter nível superior em 2015


Com a mudança, a figura do técnico em contabilidade deixará de existir

A partir de 2015, quem quiser atuar na área contábil terá de, obrigatoriamente, cursar Ciências Contábeis em nível superior. A figura do técnico em contabilidade deixará de existir. Hoje, 25 de abril, é o Dia do Contabilista e a informação sobre a mudança do perfil desse profissional foi passada ontem pelo delegado do Conselho Regional de Contabilidade de São Paulo, em Sorocaba, Fernando Nunes de Lima. Ele, contudo, esclarece que quem já é formado pelo curso técnico ou que esteja cursando, poderá, sem problema, retirar o registro nos conselhos regionais:

"Depois de 2015, somente terá o registro quem fizer a faculdade", acentua. Outra novidade na área é que os profissionais que forem atuar no mercado terão de fazer um exame de suficiência com 50 questões alternativas para tirar o registro, tendo de acertar pelo 50% da prova. Essas alterações, entre outras, foram definidas em uma lei sancionada em 2010 que alterou parte do texto definido na lei de 1946 que regulamenta a profissão.

Chamado de profissional da área contábil, não mais de contador ou contabilista, segundo Fernando Lima, esse é um segmento que está em franco crescimento, favorecendo ao profissional encontrar vagas em qualquer área do mercado de trabalho. "Estamos vivendo um êxtase da área contábil, na qual o profissional pode atuar como empresário, auditor, perícia, na parte pública, enfim, hoje o mercado para o profissional contábil é uma das áreas que oferece um leque maior de opções, sobressaindo-se a outras profissões", compara. E falando-se em profissional contábil, Fernando Lima explica a diferença entre a nomenclatura contador e contabilista. "Contabilista é a classe composta por técnicos e bacharéis em Ciências Contábeis, ambos fazem parte dessa classe. E o contador é o profissional da área, mas desde o ano passado não se fala mais em contabilista ou contador e sim profissional contábil." E para quem não sabe, existe também o Dia do Contador, comemorado em 22 de setembro.

Ano da Contabilidade

O ano de 2013 foi considerado pela classe como o Ano da Contabilidade, período em que os conselhos regionais e as outras classes representativas do setor massificarão a campanha de conscientização da sociedade com relação ao posicionamento do profissional contábil. Hoje, ele não é mais aquele que guarda livros, o perfil atual desse profissional é de consultor, que registra documentos e participa das tomadas de decisões dentro de uma organização, colaborando para a continuidade do negócio. "Esse profissional é hoje mais que um escriturador, é um parceiro do negócio, e para que a empresa possa se desenvolver precisa ter um bom profissional da área contábil", destaca.

A presença de um contabilista no terceiro setor ainda é tímida, mas o profissional já começa a encontrar espaço nesse segmento. Embora não vise lucros, o terceiro setor precisa ter a sua contabilidade, já que, entre outros documentos, tem de preparar relatórios para prestação de contas, por exemplo. Na área pública, também há carência desse profissional, mas a situação vem-se modificando e já é possível encontrar como requisito básico nos certames públicos a formação em Ciências Contábeis.

Remuneração atrativa

Sorocaba e região contabilizam atualmente cerca de 3 mil profissionais registrados. No Estado de São Paulo, há 140 mil profissionais, o que equivale a 30% do número de registros em todo o Brasil, em torno de 480 mil. De acordo com Fernando Lima, o mercado para esse profissional ainda é amplo e o salário, embora no começo não seja tão atraente, passa a ficar bom com o tempo de experiência do profissional: "O salário inicial de um auxiliar gira em torno de R$ 900, mas um gerente ou contador efetivo, por exemplo, pode chegar a R$ 15 mil ou mais", diz. Ainda é um mercado com o maior número de homens registrados, mas esse cenário também está modificando, de modo que os conselhos vêm registrando mais mulheres.

Por fim, Fernando Lima parabeniza a categoria e destaca que o profissional precisa estar sempre em uma formação continuada, atrelado à harmonização das práticas contábeis. "Antes de 2010, a realidade era outra, hoje é diferente." Segundo ele, o contabilista saiu daquela sombra da área fiscal, passando a ser importante nas decisões financeiras e de negócios da empresa.

Fonte: Jornal O Cruzeiro

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